mentiste-me.
ainda me lembro que numa das nossas primeiras conversas me disseste que odiavas mentiras. e isso não me surpreendeu, porque acho que ninguém gosta de mentiras. mas a convicção com que o disseste, a forma como o disseste levava uma pessoa a acreditar que também não me irias mentir. porque eu acredito que não devemos fazer aos outros o que não gostamos que nos façam a nós.
esqueci-me foi que nem todos pensamos da mesma forma. porque pode-se não gostar que nos mintam, mas isso não implica que nós não mintamos. para mim uma coisa leva à outra, ora se não quero que me mintam, também não lhe vou mentir. tu não és assim.
tu mentiste-me.
o que disseste na terça, na quinta já não era verdade. e eu teimei comigo mesmo que havia qualquer coisa que talvez eu não soubesse. que certamente existia uma explicação, que me mostrasse que nem sempre as coisas são como nós vemos. nem simples como nós queríamos, ainda que muitas das vezes somos nós que complicamos. porque cada pessoa tem o seu pensar, o seu sentir. não sei o que se passou, muito menos o que se passa... não porque eu não quero saber ou porque não deixo que me contes. para surpresa minha eu não te afastei e estou com os ouvidos prontos para te ouvir, quando quiseres. contudo, eu tenho de aceitar que tu me mentiste. só me resta saber como viver com a tua mentira.
e agora? como vou confiar os meus segredos a alguém que eu quero manter na minha vida, mas que me mentiu e magoou?
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